5 de jan. de 2011

Figurino de Sansão e Dalila é caro e luxuoso

A maquiagem e o figurino serão um dos destaques da série Sansão e Dalila, que estreia nesta terça-feira (4), às 23h, na Record. Para começar, todas as atrizes surgirão na tela com cabelos enormes – muitas delas, inclusive, tiveram de colocar megahair.

Também não haverá loiras. Mel Lisboa, Karen Junqueira, Joana Balaguer, Luli Miller, Juliana Lohmann e Thais Fersoza estão todas com os fios bem escuros.                                                                                         
A caracterização das personagens, inspirada em deusas e nas mulheres que viveram 1.200 anos antes de Cristo, não é exatamente fiel. Segundo o chefe de figurino Edson Galvão, alguns visuais são releituras “poéticas e lúdicas” da época em que se passa a  história.

O figurino, ressalta ele, é caro. Os tecidos são sofisticados, como seda pura e musseline, e foram tingidos naturalmente – em chá de beterraba, casca de cebola, alecrim etc. Há muita pele de animais, como peixe (pirarucu e salmão), cobra, avestruz, além de couro de bucho de boi desidratado. Lãs de carneiro viraram crochê em teares; os sapatos foram confeccionados à mão e, alguns detalhes, feitos em fios de ouro.  Os acessórios, em seu maioria, importados de locais como Laos e Rajastão, na Índia.

O chefe do figurino diz que passou dois meses, com a ajuda de oito assistentes, pesquisando referências da época, sobretudo bíblicas, para criar o visual dos personagens.

- Só Dalila tem entre 40 e 50 modelos de roupas diferentes. Ela passa por três fases [na trama]. Na primeira, usa muito linho e bordados com conchas. Na segunda, estampas asiáticas, tecidos e franjas de algodão. E, na terceira, quando vira cortesão, sedas puras, musseline e joias mais sofisticadas.

O “encarecimento” dos looks da produção, cujos capítulos custaram em média R$ 800 mil, aconteceu por conta das peças importadas e da tecnologia usada nos tecidos. Muitos deles já são naturalmente caros, como a seda pura. Seus valores subiram ainda mais por conta dos citados processos de tingimento.
- Alguns tecidos levavam três, quatro dias e até uma semana para ficarem prontos. Os degradês foram coloridos em chá de beterraba, casca de cebola, urucum, alecrim e eucalipto.

Galvão revela que as peças foram tingidas por uma francesa especializada em tinturas naturais, em São Paulo. De fora do país, o figurinista trouxe bijuterias e joias, compradas em locais como Laos e Rajastão, na Índia. Acessórios mais sofisticados, como os usadas pela personagem Jana (Luli Miller), cortesã do palácio de Gaza, precisaram ser garimpados em lojas de antiguidades.

As sedas puras, usadas nos vestidos da protagonista Dalila, vieram do Oriente.

Como estava difícil encontrar réplicas das sandálias usadas pelos hebreus e filisteus à época, elas acabaram sendo confeccionadas à mão, com solados de couro. Alguns sapatos, como os usados por Dalila em sua fase rica, foram trabalhados em fios de ouro.

- É um figurino caro, caríssimo. Pense que cada vestido de seda pura levou em média seis metros de tecido. Isso sem falar nos envelhecimentos dos tecidos...

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